Amieira do Tejo
DescriÁ§Á£o: De pequenas dimensÁµes, mas em boas condiÁ§Áµes de conservaÁ§Á£o, a fortaleza que, desde meados do século XIV, por alturas do reinado de D. Afonso IV, defende a bela povoaÁ§Á£o de Amieira do Tejo tem a sua história intimamente ligada Á Ordem de SÁ£o JoÁ£o do Hospital de Jerusalém, igualmente conhecida por Hospitalários e, actualmente, resistindo Á passagem do tempo sob o nome de Ordem de Malta. Junto com este castelo, também as construÁ§Áµes militares de Belver e Crato, aqui bem próximas, pertenciam Á mesma instituiÁ§Á£o simultaneamente militar e religiosa, mediante uma doaÁ§Á£o do rei D. Sancho II, em torno do ano 1240. Só no ano de 1440 teve intervenÁ§Á£o militar, no episódio onde D. Leonor, princesa de AragÁ£o, se desentendeu com o infante D. Pedro, registando uma altercaÁ§Á£o entre a coroa portuguesa a Ordem do Hospital que veio a dar guarida Á revoltosa. Porém, as forÁ§as portuguesas lograram derrubar a sublevaÁ§Á£o e Amieira do Tejo passou novamente para a sua posse, sendo seu alcaide temporário o nobre Pedro Rodrigues de Castro.Em termos estéticos, a fortaleza destaca-se nas quatro torres que delimitam o espaÁ§o, ao mesmo tempo que a imponente torre de menagem nÁ£o deixa de ser um regalo visual. Fora dos muros, mas adjunta a uma torre encontramos a Capela de SÁ£o JoÁ£o Baptista.
Outros motivos de interesse: Apesar da noÁ§Á£o intrínseca de que toda a zona do Alentejo portuguÁªs é um espaÁ§o com bastos motivos de interesse, tanto gastronómicos como culturais e históricos, o certo é que em Amieira do Tejo o grande destaque, aparte a já referida fortaleza, vai para a Capela do Calvário um exemplo fascinante do património religioso do interior nacional.
Arnóia
DescriÁ§Á£o: Á‰ no norte de Portugal que encontramos alguns dos castelos em que a forÁ§a do tempo marcou, de forma mais vincadas, a sua estrutura. Queremos com isto afirmar que, por esta zona geográfica, as fortalezas viveram momentos de constante sobressalto, tendo em vista o temor das invasÁµes vindas da vizinha Espanha, assim como os rigores meteorológicos e até, em algumas épocas, o desinteresse social. Com fundaÁ§Á£o do século X, crendo-se que para protecÁ§Á£o do antigo Mosteiro de SÁ£o Bento, localizada também em Arnóia, o dito castelo terá tido, como primeiro alcaide, a figura de Múnio Muniz. Possui planta poligonal e dimensÁµes reduzidas, encaixando-se perfeitamente na geografia local com muralhas em cantaria de granito, típica da regiÁ£o. O facto mais curioso na história deste monumento é o episódio, verídico ou nÁ£o, relacionado com Martim Vasques da Cunha, responsável pelo castelo no início do século XII, que, havendo rendido vassalagem Á viúva de D. Afonso III, o monarca responsável pelo término da fixaÁ§Á£o fronteiriÁ§a e integral da naÁ§Á£o, se viu a par com a oposiÁ§Á£o do rei seguinte, D. Dinis, pelo que, de modo a desobrigar-se da sua funÁ§Á£o, terá incendiado o interior do castelo, nÁ£o sem antes colocar a salvo os respectivos habitantes. Estranhamente, ou talvez nÁ£o, o certo é que, em 1282, já D. Dinis arrendava a propriedade a outro alcaide e sobre Martims Vasques nÁ£o mais reza a história.
Outros motivos de interesse: Aqui perto, e como é tradiÁ§Á£o na regiÁ£o nortenha de Portugal, existe o Convento de Arnóia, palco de múltiplos episódios directamente relacionados com a fé cristÁ£. No seu interior existe uma Igreja, um Cruzeiro, alguns moinhos e espaÁ§os agrícolas, assim como uma curiosa fonte-oratório. Para além do mais, destaque para o restante do conjunto militar, com o pelourinho adjunto ao castelo.
Belmonte
DescriÁ§Á£o: Devido ao facto de ser uma zona com habitaÁ§Á£o muito antiga, Belmonte tem vasta história. Antigamente conhecida por Centum Cellas, devido Á sua ligaÁ§Á£o com o período de domínio romano, o certo é que a carta de foral da povoaÁ§Á£o surge em 1199, por intermédio de Dom Sancho. No entanto, a construÁ§Á£o da dita fortaleza acontece apenas a mando de D. Afonso III, ficando tal empresa a cargo do bispo de Coimbra, D. Egas Tafes. Até 1297, a importÁ¢ncia estratégica do castelo de Belmonte foi imensa, pois situa-se perto da fronteira com Espanha. No entanto, é nesse ano que tem lugar o Tratado de Alcanizes, onde ambas as partes se comprometem a respeitar a delimitaÁ§Á£o geográfica da naÁ§Á£o vizinha. Refira-se, ainda, até como ponto de curiosidade para o leitor brasileiro, que no século XV a fortaleza passou para as mÁ£os da família Cabral, mormente o pai de Pedro Álvares, reconhecido descobridor do Brasil, que por aqui terá nascido. No campo da arquitectura, o castelo de Belmonte possui várias pedras brasonadas que lhe dÁ£o enorme destaque. No entanto, também o traÁ§ado oval, a utilizaÁ§Á£o do granito para a respectiva construÁ§Á£o e mesmo o pano de muralha que o envolve nÁ£o deixam de ser motivos de fascínio para o visitante. De lamentar apenas que o antigo PaÁ§o, de imponente traÁ§ado, se encontre actualmente em ruínas.
Outros motivos de interesse: SÁ£o vários os espaÁ§os visitáveis na vila de Belmonte, com destaque para o Museu Judaico, a relembrar a importÁ¢ncia da presenÁ§a dos judeus na regiÁ£o, assim como a misteriosa torre de Centum Celas, localizada bem perto, mais concretamente no Colmeal da Torre. Em Caria, povoaÁ§Á£o que faz parte do conjunto administrativo de Belmonte, é possível de ser visualizada a Casa da Torre de Caria.