Castro Marim
DescriÁ§Á£o: A partir das muralhas do castelo de Castro Marim podemos vislumbrar a vizinha Espanha, nomeadamente o seu antigo rival castelo de Ayamonte. Isto porque esta fortaleza surgiu obviamente da necessidade de defesa e protecÁ§Á£o da fronteira nacional ante o perigo dos mouros que espreitavam do norte de África e, igualmente, da hipotética pretensÁ£o espanhola Á coroa de Portugal. Tendo em conta que a fixaÁ§Á£o da actual fronteira portuguesa se deu relativamente tarde, em relaÁ§Á£o Á independÁªncia do país, o certo é que parte do actual troÁ§o do castelo possui origem em finais do século VIII a.C. Mas, no que a Portugal diz respeito, a fortaleza entra na sua posse em 1242. O maior destaque da sua história vai, naturalmente, para 14 de MarÁ§o de 1319 quando D. Dinis consegue criar a Ordem de Cristo, colocando a sua sede efectivamente em Castro Marim. O período mais negativo aconteceu com terramoto de 1755 quando toda a vila sofreu danos evidentes, ainda hoje em dia visíveis. Com planta irregular, o seu castelo, dito também, em termos populares, Castelo Velho ou mesmo Castelejo, possui quatro curiosos cubelos cilíndricos, com adarve, rasgados por duas portas.
Outros motivos de interesse: Ainda no perímetro do castelo de Castro Marim, destaque para a Igreja de SÁ£o Tiago, a Igreja da Misericórdia e a Igreja de Santa Maria, um triÁ¢ngulo místico de respeito. Mas também devemos destacar o Forte de SÁ£o SebastiÁ£o, originário do século XVII, também em relativo mau estado e a imagem do arcanjo Gabriel patente no interior da capela de Nossa Senhora dos Mártires. Para além disso, a sua localizaÁ§Á£o no Algarve torna relevante a parte turística, nomeadamente as praias temperadas da costa sul do país.
Chaves
DescriÁ§Á£o: Toda a cidade está positivamente impregnada da cultura do império romano que por aqui poisou as suas forÁ§as no espaÁ§o temporal junto ao início da era cristÁ£. A título de curiosidade refira-se que no ano 78 Tito Flavio Vespasiano tornou Chaves sede municipal, apelidando-a de Aquae Flaviae. Ao longo dos tempos a fortificaÁ§Á£o flaviense obteve melhorias da parte das comunidades que aqui residiram, como foi o caso dos suevos, dos alanos ou dos visigodos. Também os muÁ§ulmanos demonstraram o apreÁ§o pela cidade quando, em 731, decidiram reforÁ§ar a fortificaÁ§Á£o. Mas quando, a partir de 1093, ainda em épocas do Condado Portucalense, Chaves passou a figurar como posse portuguesa, o castelo nÁ£o deixaria de ser acarinhado, com destaque para as obras executadas a mando de D. Dinis, especialmente a torre de menagem, elemento arquitectónico que o soberano muito estimava, e também a cerca da povoaÁ§Á£o. Hoje em dia, o destaque maior vai para as muralhas que envolvem a estrutura que resistiu Á passagem do tempo, assim como a Torre de Menagem e alguns elementos de artilharia que teimam em vigiar a cidade, aqui passível de ser visualizada em toda a sua amplitude.
Outros motivos de interesse: A cidade de Chaves é uma maravilha visual, um encanto ancestral, uma paixÁ£o muito nossa, se nos é permitida a confissÁ£o, embalada pelas ondas do rio TÁ¢mega. Posto isto, devemos referir que se a gastronomia, tipicamente transmontana, merece por si mesma a visita in loco, mormente os pastéis de chaves, contendo as muito apreciadas carnes da regiÁ£o, o certo é que o património arquitectónico é outra das importantes razÁµes para que Chaves figure sempre nos roteiros de locais com interesse em Portugal. Assim, naturalmente com prévia selecÁ§Á£o, destacamos a Ponte de Trajano, com seus marcos miliários, o largo do Pelourinho, a Igreja da Madalena e, dentro da zona concelhia, os castelos de Monforte e Santo EstÁªvÁ£o.
Estremoz
DescriÁ§Á£o: Tal como nos contos de fadas, Estremoz nasce no interior das suas muralhas. Quantas histórias nÁ£o terÁ£o ocorrido neste espaÁ§o? A provar isso mesmo, a enorme profusÁ£o de lendas ligadas ao castelo de Estremoz e Á s suas gentes. No que ao presente trabalho diz respeito, o castelo de Estremoz terá sido conquistado, em primeira instÁ¢ncia, pelo herói lendário portuguÁªs, por muitos considerado também um traidor, Geraldo, Sem Pavor, uma figura que devido ao facto de a termos estudado para outra obra de nossa autoria, nos parece das mais fascinantes da história nacional. Isto sucedeu em torno de 1165. Mas a zona algarvia, durante muitos anos, mudava constantemente de posse, alternando entre mouros, espanhóis e portugueses. Só no século XIII, por intermédio de Dom Sancho II, é que Estremoz se incorporou de forma definitiva na coroa nacional. Em termos arquitectónicos, o castelo de Estremoz apresenta uma planta pentagonal, que se crÁª adaptada ao território onde se insere, e a entrada para a fortaleza faz-se mediante uma pequena ponte levadiÁ§a. A destacar, naturalmente, a imponente torre de menagem, cuja denominaÁ§Á£o tem oscilado entre Torre dos TrÁªs Reis e Torre das TrÁªs Coroas.
Outros motivos de interesse: Se aqui pretendÁªssemos deixar uma lista de todo o património edificado na regiÁ£o estremocense, por certo todos ficariam impressionados, pois é extensa e muito valiosa. Por isso mesmo, optámos por registar apenas alguns dos locais mais imponentes ou relevantes, a saber: a vila luso-romana de Santa Maria do Ameixial, o castelo de Veiros, os múltiplos pelourinhos e diversos templos religiosos, com destaque para o Convento dos Congregados, a Igreja de Santa Maria e a Capela de D. Fradique de Portugal.