Tomar
DescriÁ§Á£o: Qualquer cidade do mundo que tivesse metade dos monumentos que Tomar, a cidade templária por excelÁªncia, possui seria, sempre, uma das mais belas. Mas, para além disso, a Thomar medieval tem um encanto diferente aos nossos olhos – é, efectivamente, o nosso berÁ§o! O seu castelo, sempre na posse dos Templários e dos seus sucessores em Portugal, a Ordem de Cristo, pelo menos enquanto a instituiÁ§Á£o existiu, nasceu da vontade indómita de D. Gualdim Pais, o mais importante de todos os mestres nacionais da dia estrutura militar e religiosa. Isso aconteceu a 1 de MarÁ§o de 1160 conforme atesta a placa incrustada no monumento. Efectivamente, já discorremos por diversas vezes sobre o castelo de Tomar, pelo que no presente caso optamos por referÁªncias mais gerais, como é o caso de as suas muralhas, reforÁ§adas por cubelos de planta semi-circular e quadrangular, serem importaÁ§Áµes da Terra Santa, trazidas por Dom Gualdim, assim como ser de todo curioso ressalvar que a arquitectura do espaÁ§o consubstancia trÁªs estilos distintos, o gótico, o romÁ¢nico e o renascentista. Este castelo é, sem dúvida, aos nossos olhos, a construÁ§Á£o mais magnífica que jamais visualizámos e estamos em crer que será sempre essa a nossa convicÁ§Á£o. Aqui estará sempre a nossa alma, o nosso coraÁ§Á£o e o nosso pensamento!
Outros motivos de interesse: A lista de monumentos tomarenses é infindável. O imponente Convento de Cristo, com os seus vários claustros e a mundialmente famosa Janela do Capítulo, é um bom início de visita, mas a Igreja de Santa Maria dos Olivais e a Igreja de SÁ£o JoÁ£o Baptista sÁ£o locais de paragem obrigatória. A antiga Sinagoga, o Aqueduto dos PegÁµes, a Ermida de Nossa Senhora da ConceiÁ§Á£o, o Palácio de Alvaiázere, o Pelourinho, o PadrÁ£o Filipino e tantos outros transformam, naturalmente, esta cidade altamente relevante, no campo histórico, cultural e turístico. No que diz respeito Á sua gastronomia, realce para as muito apreciadas Fatias de Tomar ou mesmo os doces conhecidos por Beija-me Depressa que, ao longo de várias geraÁ§Áµes, tÁªm feito as delícias de todos aqueles que optam por conhecer a cidade onde corre o rio NabÁ£o.
Torres Novas
DescriÁ§Á£o: A Turris romana, posteriormente definida por Nova, de modo a distingui-la da Torres mais antiga, situada no distrito de Lisboa, posteriormente com o topónimo de Torres Vedras, terá sido conquistada em 1135, apesar de, pouco depois, ter sido perdida para os mouros. D. Afonso Henriques, indómito conquistador, a retomou no ano de 1148, numa leva avassaladora que trouxe Lisboa e Santarém, igualmente para a posse da coroa nacional. Em 1190 forte assédio mourisco levou a um cerco que durou dez dias e que foi apenas rechaÁ§ado no castelo de Tomar, sob as ordens de comando do idoso Dom Gualdim Pais que, posteriormente, veio a reconquistar a fortaleza de Torres Novas, incluído no exército de D. Sancho I. O século XVIII trouxe o terrível terramoto que abalou todas as estruturas do castelo de Torres Novas, tendo ruído quatro das suas torres e parte das muralhas, deixando a que actualmente a dita fortaleza seja esteticamente mais relevante quando vista do exterior, pois incrusta-se em pequeno monte que domina a parte mais recente da cidade torrejana. Convém, ainda, destacar que o seu estado de conservaÁ§Á£o pode ser considerado como altamente razoável, tendo em conta a intervenÁ§Á£o de consolidaÁ§Á£o e restauro ocorrida em meados do século XX.
Outros motivos de interesse: A cidade de Torres Novas, aos nossos olhos, que nos sentimos algo ligados a ela, será sempre de grande beleza, mormente os vários monumentos que possui, assim como o ordenado crescimento que tem vindo a vivenciar nas últimas décadas. Ainda assim, queríamos destacar a Vila Cardílio, um magnífico exemplar dos vestígios da presenÁ§a romana em Portugal, bem cuidada e divulgada. Para além disso, o natural património religioso, como a Igreja do Carmo, na freguesia de SÁ£o Pedro, e os resquícios pré-históricos, como a Gruta da Nascente do Almonda, complementam o roteiro de locais interessantes a conhecer.
Trancoso
DescriÁ§Á£o: Á‰ na regiÁ£o beirÁ£ de Portugal que encontramos alguns dos monumentos mais bem preservados, visto que por aqui o passado permanece bem vivo, para deleite de todos nós, viajantes, estudiosos ou habitantes. Trancoso tornou-se cidade apenas no ano de 2004 mas a grande verdade é que desde a sua fundaÁ§Á£o (ou, o melhor é dizer, atribuiÁ§Á£o de carta de foral) em 1171 até aos dias de hoje a povoaÁ§Á£o tem sido um dos baluartes nacionais. Para isso muito contribui, de facto, o seu castelo medieval que teve sua primeira pedra colocada já no século X, ainda que apenas com uma singela torre defensiva a mando de Rodrigo Tedoniz. Seja como for, o incremento arquitectónico nÁ£o podia deixar de acontecer, dada a sua situaÁ§Á£o estratégica em relaÁ§Á£o aos antigos reinos de Espanha. No momento em que o Condado Portucalense se tornou uma realidade oficial, D. Teresa recebeu também Trancoso em doaÁ§Á£o. A história da fortificaÁ§Á£o é feita, naturalmente, de sobressaltos, tendo em conta que tanto as hostes muÁ§ulmanas quanto os vizinhos tiveram, em períodos sucessivos (ainda que alternados), actuaÁ§Áµes bélicas para com o local. Vejamos como em 1140 uma coluna muÁ§ulmana ameaÁ§ou Trancoso ou, já no ano de 1385, um exército espanhol saqueou o local. Porém, a grande conclusÁ£o é que, ainda actualmente, o castelo medieval continua a marcar referÁªncia em Trancoso, sendo possível de visualizar parte da muralha, com cinco torres de planta quadrangular e uma interessante torre de menagem. Isto, naturalmente, sem deixar de referir que todo o conjunto arquitectónico local é de uma beleza incomensurável.
Outros motivos de interesse: Aparte o castelo, Trancoso oferece-nos magnífica gastronomia e, claro, uma série de outros monumentos que, sem dúvida, tornam agradável a visita. A Igreja de Santa Maria de GuimarÁ£es, datada de 1784, é um templo relevante no interior da cidade, tal como a Igreja de Misericórdia ou mesmo a Igreja de SÁ£o Pedro. Todo um roteiro cultural, religioso e militar faz parte da visita a Trancoso, com sinalizaÁ§Áµes consentÁ¢neas com a importÁ¢ncia histórica.
ValenÁ§a do Minho
DescriÁ§Á£o: A povoaÁ§Á£o de ValenÁ§a, localizada no Minho portuguÁªs, possui características extremamente peculiares, por se enquadrar, no que Á zona antiga diz respeito, no interior das muralhas da sua fortaleza. Mas nÁ£o é apenas esse o encanto da zona. As suas gentes, afáveis como é típico dos minhotos, sabem receber convenientemente. Para além disso, a sua proximidade com Espanha faz com que, actualmente, o castelo, ou fortaleza, de ValenÁ§a do Minho seja um espaÁ§o multicultural onde habitantes de ambos os lados da fronteira convivem harmoniosamente. Segundo consta na história, o castelo terá sido edificado no tempo de D. Sancho I (1185-1211), sendo colocado ao encargo de Paio Carramundo. O foral surgiu em 1217, momento de levantamento das suas muralhas. Pouco depois, D. Afonso III terá ampliado o perímetro das mesmas, de modo a tornar a vila ainda mais defensável. Após a RestauraÁ§Á£o da IndependÁªncia, a cerca medieval foi demolida, de modo a criar uma nova estrutura, mais moderna, e preparada para a defesa relativamente ao eventual invasor de Espanha, possuindo artilharia pesada. Do espaÁ§o, destacamos a Porta do AÁ§ougue, que ainda ostenta um escudo medieval, a Porta da Gambiarra, ladeada por duas torres quadrangulares e o templo religioso localizado no centro da fortaleza, com interior magnífico.
Outros motivos de interesse: O aspecto gastronómico nÁ£o pode, jamais, ser descurado quando estamos a falar da regiÁ£o minhota. Mas, no caso em particular, concentremo-nos na lista de património local, como a Igreja de SÁ£o Fins de Friestas, a Igreja do Salvador de Ganfrei, a Pousada de SÁ£o Teotónio e o Convento de Ganfrei.